fechar, como?

fechar, como?

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

para amanda

dia desses, me peguei pensando
estou sempre por onde ela anda
se o bom da vida é seguir amando
melhor ainda é seguir amanda

ps: preciso de uma amanda para dedicar este verso

quinta-feira, 23 de julho de 2009

para zana e flávio

nas taças, líquido
nos olhos, o inefável
no agora, riso límpido
amanhã, o incontável

a mesma saudade

Apertou o coração de tanta saudade. Como eu queria almoçar com vocês nesse final de semana. Um daqueles almoços que nos colocavam juntos o dia todo... definindo local e horário; quem leva o que? qual o menu? ir ao mercado comprar... E chega um, e chegam dois, e liga o som, e conta coisas... e chega outro, liga prum atrasado... e já estão todos. Várias vozes, quase todas e uma gargalhada. Mãos à obra, um corta, outro dorme, um conta, outro ri... tudo é cheiro, é fome, sede. Mas, há também todo tipo de fartura, em muitas dirções. Chimarrão rodando. A gente se farta. A comida é sempre boa e a sobremesa nao faz feio. Cafezinho novo. Quem lava os pratos? Eu cozinhei. O violão e as letras espalhadas no chão. O dia seguindo e a gente (se) esticando pra não acabar. E, pra não acabar, marcamos um cinema e um jantar... que quase sempre fica pra próxima semana... porque há próxima semana.
Eu tenho saudade... ela é grande e ainda pulsa.

segunda-feira, 25 de maio de 2009

pensamento passando...

Penso que seja este um dos truques da peça, o que a torna tragi-cômica: viver essa tal multivocalidade (tava doido pra arrumar um lugar pra enfiar essa palavra - tomara que ela caiba aqui). Nos são dados os papéis de protagonista, coadjuvante e plateia (passiva, ativa e reflexiva), de uma história que é uno e pluri, minha, do outro, dos outros, de todos e de nenhum. E mais, me parece ainda, que nos cabe lugar na produção, iluminação e sonoplastia, cenografia e figurino, divulgação e bilheteria. Toda isso traz a ilusão de grande poder, o da direção. Bobagem. Mentira. Se assim fosse, não viveríamos sob a angústia, a ansiedade e o medo. Não seríamos pisados pelo acaso, pela decepção. Assim como não estaríamos, todo o tempo, sob uma possibilidade de surpresa e encantamento. Embevecidos com a ecologia humana que nos coloca ao lado das lesmas e das estrelas. Compreender que a peça fala sobre compartilhar, talvez, nos alcame e potencialize. (Ser) humano não é coisa fácil e as cortinas já estão abertas.